Crescimento da audiência de vídeos curtos aumenta competitividade da plataforma em relação ao TikTok
Apesar de ter registrado queda na receita ano a ano pelo segundo trimestre consecutivo, o YouTube tem um resultado para comemorar: os Shorts, vídeos curtos da plataforma, ultrapassaram 50 bilhões de visualizações diárias. O anúncio foi feito pelo CEO da Alphabet, Sundar Pichai, durante a teleconferência de resultados do quarto trimestre da empresa.
Enfrentando a concorrência acirrada do TikTok, o YouTube gerou pouco menos de US$ 8 bilhões em receita nos últimos três meses de 2022. No mesmo período do ano anterior, o valor chegou a US$ 8,6 bilhões. Como outras gigantes da tecnologia que sofrem com a queda na receita publicitária, a Alphabet atribuiu o resultado a uma redução nos gastos dos anunciantes devido a preocupações com o cenário econômico mundial.
O sucesso de audiência do YouTube Shorts foi anunciado na mesma semana em que entrou em vigor o modelo de compartilhamento de receita publicitária dos vídeos curtos. Desde 1º de fevereiro, os criadores aceitos no Programa de Parcerias do YouTube podem receber parte da verba obtida com anúncios em seus vídeos.
A novidade permite que o YouTube Shorts se torne mais competitivo frente ao TikTok. Por ser uma empresa de capital fechado, a ByteDance não divulga números, mas o CEO do TikTok afirmou que o aplicativo deveria gerar US$ 10 bilhões em receita em 2022.
Na teleconferência que exibiu os resultados do YouTube, o diretor de negócios do Google, Philipp Schindler, disse que a plataforma é a única em que “os criadores podem produzir todas as formas de conteúdo em vários formatos e em várias telas”, e acrescentou que o objetivo da Alphabet é “tornar o YouTube o melhor lugar para Shorts e criadores”.
O sucesso dos vídeos curtos nas plataformas sociais foi um dos temas abordados no segundo episódio do ONM Talks, que vai ao ar nesta terça-feira, 14 de fevereiro. Ícaro de Carvalho conversou com o Head de Agências para a América Latina do TikTok, Leonardo Khéde. Segundo o executivo, boa parte do e-commerce na China já migrou para os aplicativos de vídeos curtos. “Tempo um bem cada vez mais escasso, e os vídeos curtos são a ‘bola da vez’. Tem coisas que você realmente só consegue transmitir com mais tempo, mas nem todo conteúdo precisa ser assim”, diz. A entrevista completa você confere no YouTube d’O Novo Mercado.