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Sírio-Libanês e AWS criam primeira base de dados em saúde da América Latina

Plataforma vai reunir informações de pacientes e usar Inteligência Artificial para gerar insights e ampliar promoção da saúde

Imagine ser avisado pelo seu smartwatch de que sua pressão arterial subiu e que talvez seja bom você procurar um hospital. Depois de ser atendido e fazer vários exames, sugerem que você vá a um especialista. Ao chegar ao seu cardiologista de confiança, nada de ficar contando em detalhes o que houve ou de ficar procurando os exames certos para mostrar: com apenas alguns cliques, seu médico encontra todo o seu histórico, incluindo o atendimento no pronto-socorro e os resultados das análises mais recentes. Essa é uma das promessas do Open Health: facilitar o compartilhamento de dados de saúde para que os pacientes sejam atendidos de maneira mais ágil e assertiva em qualquer lugar.

O cenário pode parecer distante, mas uma iniciativa do Hospital Sírio-Libanês promete potencializar esse sistema. A instituição está lançando, em parceria com a Amazon Web Services (AWS), o primeiro data lake de integridade e análise de dados em saúde privada na América Latina. A operação faz parte da Alma Sírio-Libanês, vertical criada para atuar nas frentes de saúde digital conectando hubs, ecossistemas e startups.

Diego Aristides, Chief Technology Officer e Superintendente de Produtos Digitais e Inovação do Hospital Sírio-Libanês, explica que a iniciativa – batizada de HealthLake – possibilita uma melhor análise das tendências em saúde populacional e amplia oportunidades em intervenções de saúde, sem deixar de preservar a privacidade dos pacientes. “Os dados que a gente troca com startups ou qualquer outra empresa são anonimizados e usados com o consentimento do paciente, então o nosso pré-requisito é sempre garantir a segurança do ambiente digital e a segurança da informação, também.”

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Segundo Aristides, a iniciativa permite um entendimento melhor do paciente a partir de análises de dados mais profundas, assim como a otimização e a personalização do atendimento por meio de Inteligência Artificial. “O HealthLake pode reunir exames, imagens, prontuários e pesquisas científicas. A IA consegue cruzar esses dados e, a partir daí, nos fornecer informações e nos ajudar a criar novas soluções”.

Ele ressalta ainda que a IA será utilizada para orientar os profissionais de saúde nas tomadas de decisão. “A tecnologia pode ajudar o médico a traçar o melhor diagnóstico, ao mesmo tempo em que vai possibilitar a migração de prontuários e exames entre instituições de saúde”, explica.

Iniciativas como o HealthLake também pretendem estimular a criação de serviços baseados em dispositivos vestíveis, como relógios inteligentes e medidores de insulina, possibilitando que o paciente contrate um plano de cuidado remoto e seja monitorado por IA. Com esses dados em mãos, a instituição de saúde consegue realizar um atendimento praticamente em tempo real, aumentando o alcance do cuidado possibilitando um acompanhamento dentro e fora do hospital.

Para Aristides, o principal entrave à expansão do Open Health no Brasil, hoje, é a digitalização dos processos de saúde, já que muitas instituições ainda fazem prescrições de maneira totalmente manual. A boa notícia, no entanto, é que já existem iniciativas dentro do Governo Federal para preparar o Sistema Único de Saúde (SUS) para receber o Open Health.

“Apesar de sermos um hospital privado, nós também apoiamos o Ministério da Saúde na construção da interoperabilidade semântica, que na prática vai permitir habilitar essa tecnologia dentro do SUS. A promoção da saúde com valor depende cada vez mais de dados e informação”, conclui.

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