Um dos maiores filósofos da humanidade era mestre na arte da conversação, seu discípulo criou os diálogos como forma literária. Você acertou: Sócrates e Platão.
Eu sou a Rita Salusa e quero trazer algumas lições aprendidas ao longo de minha jornada como analista pleno de atendimento, na equipe de suporte d’O Novo mercado. E a estrela do nosso papo é a EMPATIA.
O que nos difere dos outros povos, além da cultura, é a nossa capacidade de comunicação. Será que estamos usando essa habilidade tão importante a nosso favor? E se estamos, fazemos isso da forma correta? Quantas amizades não foram desfeitas – online ou presencialmente – quantas famílias se estranharam, por conta de política ou distinções ideológicas? Quem nunca se deparou com a discussão sobre o biscoito e a bolacha que atire a primeira pedra. Estamos em plena polarização. E neste passo, meu caro, tudo é brecha para o caos.
Por isso, hoje eu vou trazer alguns princípios que eu aprendi trabalhando no suporte e que podem ser pilares para a otimização de suas conversas, a partir de agora. A primeira dica é simples. Preste atenção no outro! Quando alguém te chama para uma conversa, seja em um atendimento, um amigo que precisa de um conselho ou outro colaborador do seu trabalho que vem falar com você, tenha sempre em mente que, naquele momento, ele deseja e espera a sua total atenção.
O outro é como você, ele também não tem tempo, ele também tem dores que precisam ser sanadas. Mas ele está ali, para o sublime momento do ato comunicacional. Não olhe para o outro apenas como um número no WhatsApp passível de um bloqueio. Ele guarda medos e inseguranças, assim como eu e você. Talvez as palavras presentes no diálogo entre vocês sejam as mais bonitas e assertivas que ele ouvirá naquele dia. Portanto, seja presente e faça a diferença!
Não é sobre você, é sobre como o outro reagirá ao que você tem a oferecer. A sua presença é importante, mas você não é o centro das atenções no momento da fala. Não use essa oportunidade para falar sobre a sua vida, deixe que ele fale, demonstre estar com a escuta ativa e ofereça a sua melhor atenção.
Ouça as pessoas como você gostaria de ser ouvido. Uma vez o Ícaro de Carvalho falou em uma aula que um bom vendedor é um bom ouvinte. Ninguém nunca perdeu uma venda ou o emprego por ouvir de forma atenta – mas, por falar demais, provavelmente sim -. Permita-se ouvir o outro, deixe que ele fale o problema ou a dúvida, entenda e depois tente ajudar, se for o caso. Nunca o contrário. Esse é o ponto crucial quando falamos de empatia. Como você quer ser tratado pelas pessoas? Como você deseja ser lembrado? Qual imagem você quer que as pessoas guardem? O que você quer que elas recordem – do latim: re-cordis “voltar a passar pelo coração” – sobre você?
Ter empatia é muito mais do que dizer: ‘Oh, eu sinto muito por isso ter acontecido’ ou ‘eu já passei por isso’, Nossa lição mora na capacidade de se colocar no lugar do outro. É um exercício de imaginação: como você gostaria de ser tratado se estivesse no lugar do outro? E se fosse com você? Ao sair um pouco da nossa visão, e se permitir enxergar um pouco o mundo pela visão do outro, estamos sendo, de fato, empáticos. E com isso, podemos quem sabe, transformar o mundo de alguém.
Para a vida, te deixo uma frase do Dalai Lama:
A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância.
Até a próxima!