Os ânimos se acirraram na última semana entre duas gigantes da tecnologia. A Meta criticou a Apple por mudar os termos da sua loja de aplicativos, a App Store, para obter uma parte da receita de publicidade em mídias sociais.
A mudança anunciada pela Apple exige que usuários e anunciantes que forem pagar para impulsionar posts em redes sociais façam as transações dentro dos próprios aplicativos.
O problema é que, nessa modalidade – conhecida como “compra in-app”, a Apple recebe uma comissão de até 30% de cada transação. Com isso, empresas como a Meta e outras redes sociais, como TikTok e Twitter, perderiam parte de sua receita de anúncios para a fabricante do iPhone.
Em um comunicado, a Meta se manifestou dizendo que a Apple “aparentemente mudou de ideia” depois de ter declarado que “não tinha participação na receita de publicidade dos desenvolvedores”.
A controladora do Instagram, Facebook e Whatsapp disse ainda que continua comprometida “em oferecer às pequenas empresas maneiras simples de veicular anúncios e expandir seus negócios” em seus aplicativos.
A Apple, por sua vez, se defendeu dizendo que a exigência de compras “in-app” é apenas uma extensão de suas políticas existentes e que outros aplicativos já adotam esse modelo.
De acordo com as novas regras da Apple, aplicativos que tenham como único propósito a compra e gerenciamento de anúncios em diferentes mídias, como outdoors e televisão, não precisam pagar comissão.
Essa não é a primeira vez que as redes sociais sofrem com mudanças impostas pela Apple. Em 2021, as empresas precisaram passar a pedir permissão explícita aos usuários do iOS para coletar seus dados e direcionar melhor seus anúncios.
Segundo a Meta, essa atualização fez com que a empresa perdesse US$ 10 bilhões em publicidade.