Creator economy ganha força e deve movimentar US$ 16,4 bilhões ao redor do mundo em 2022
Médico, advogado, engenheiro… Ainda que as carreiras consideradas tradicionais sigam em alta no mercado, não seria arriscado dizer que uma nova profissão faz os olhos dos jovens brilharem hoje em dia: influenciador digital.
Com cerca de 215 milhões de habitantes e 259 milhões de celulares, o Brasil já possui nove milhões de influenciadores digitais, segundo uma pesquisa da consultoria internacional Influencity Marketing Hub. O número – equivalente à população de Pernambuco – é quatro vezes maior que a quantidade de professores no país.
Atentas à capacidade desses profissionais de formar opinião, empresas dos mais diversos portes têm investido cada vez mais em marketing de influência. Um estudo feito pela agência Youpix com 414 empresas revelou que 55,6% trabalham com essa modalidade de publicidade. Só no Brasil, os investimentos em marketing de influência cresceram 71% entre 2020 e 2022.
Produzir conteúdos virais para as redes sociais tem se tornado uma carreira possível para cada vez mais pessoas. Em entrevista ao Valor Econômico, a cofundadora da Youpix Bia Granja afirmou que 36% dos influenciadores do país já vivem de influência. Nesse grupo, três em cada quatro faturam entre R$ 2 mil e R$ 5 mil por mês.
Em todo o mundo, a chamada “creator economy”, mercado do qual os influenciadores fazem parte, deve movimentar US$ 16,4 bilhões em 2022. Para o cofundador e CEO da Hotmart, João Pedro Resende, um dos fatores que mais contribuiu para o crescimento dos influenciadores foi o avanço tecnológico. “Antigamente você tinha as grandes revistas, emissoras de TV e de rádio. A chegada das redes sociais democratizou a produção e a publicação de conteúdo”. Resende conversou com o fundador d’O Novo Mercado, Ícaro de Carvalho, no ONM Talks. A entrevista completa vai ao ar em janeiro, no canal d’O Novo Mercado no YouTube.