Recurso promete ajudar autores independentes
Você é do time que adora um audiobook, ou é daqueles que não abre mão dos livros tradicionais, de preferência, em papel? Se a sua resposta foi a primeira opção, certamente vai gostar da novidade: a Apple anunciou o lançamento de audiobooks narrados por Inteligência Artificial no Apple Books.
Segundo a empresa, o recurso vai ajudar autores independentes que atualmente não conseguem converter seus títulos em audiolivros devido ao “custo e complexidade da produção”. Os interessados em ter seus títulos narrados pela IA da Apple precisam se inscrever em alguma editora parceira.
Por enquanto, a Apple está aceitando inscrições nos gêneros de romance e ficção, mas já começou a trabalhar na narração de vozes com IA para não-ficção e autodesenvolvimento, também. Os títulos disponíveis atualmente no Apple Books são normalmente narrados pelos próprios autores, com participação eventual de convidados ou dubladores. De acordo com o publisher da H1 Editora, Rodrigo Simonsen, as gravações feitas pelos autores geram um novo tipo de conexão com o público. “O fato de a narração ser feita por uma pessoa, com mais emoção, ou por um robô vai variar em função do que o livro em si pede. Um livro de ficção talvez peça uma leitura um pouco mais dramática, enquanto um livro de não-ficção talvez peça uma leitura um pouco mais sóbria. As possibilidades são múltiplas e estão aí para serem exploradas”, diz.
A chegada da inteligência artificial pretende eliminar a necessidade de gravação da narração em estúdio, mas a empresa afirmou que, mesmo assim, os resultados não são instantâneos, já que os audiolivros passarão por verificações de qualidade.
Boa parte das plataformas de audiolivros já oferece obras narradas por vozes geradas por inteligência artificial, mas a entrada da Apple pode movimentar ainda mais esse mercado, que deve movimentar US$35 bilhões até 2030. “As pessoas entenderam que podem otimizar o tempo com os audiobooks, executando tarefas que não demandam tanta atenção, como cozinhar, limpar a casa ou fazer atividades físicas enquanto escutam as obras. É um jeito de você descobrir novos assuntos, aprender novas coisas, e claro que isso sempre é muito positivo”, avalia Simonsen.
