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Negócio da China: Shein assume liderança do mercado de moda online no Brasil

Gigante movimentou mais de R$ 7 bilhões em produtos em 2022

Gigante movimentou mais de R$ 7 bilhões em produtos em 2022

Uma pesquisa realizada pela Aster Capital revelou um número impressionante: a gigante do varejo de moda Shein movimentou R$ 7,1 bilhões no mercado online de moda brasileiro em 2022. O valor é maior do que a soma de outros grandes players do mercado, como Renner (R$ 1,5 bilhão), Soma (R$ 1,2 bilhão), Arezzo (R$ 1 bilhão), Guararapes/Riachuelo (R$ 619 milhões) e C&A (R$ 511 milhões).

Não é de hoje que a Shein faz sucesso no mundo da moda. Fundada em 2008, a empresa começou a ganhar fama a partir de 2015, e decolou depois da chegada do TikTok, onde vídeos com produtos da marca começaram a viralizar.

Em 2021, as vendas globais da Shein chegaram a cerca de US$ 16 bilhões, e o aplicativo da marca derrotou o da Amazon como o mais popular dos Estados Unidos na categoria “compras”. No mesmo ano, o app da Shein foi o mais baixado do setor de moda no Brasil, com 23,8 milhões de downloads.

O sucesso não se restringe ao mundo virtual. No ano passado, a inauguração de uma loja temporária da marca em São Paulo foi marcada por uma fila enorme de clientes e muito tumulto.

Um relatório do Bank of America apontou que os preços da Renner, principal concorrente da Shein, são, em média, 2,7 vezes maiores que os da gigante chinesa. Ao portal NeoFeed, o sócio e managing partner da Aster Capital, Rodrigo Nasser, afirmou que “empresas como Renner, Guararapes e C&A têm um desafio pela frente por conta da situação de crédito e da Shein, que atende um público semelhante e tem uma força assustadora”.

Em termos gerais, o concorrente que mais se aproxima da Shein é o Mercado Livre, marketplace que não costuma ser associado ao universo fashion, mas que foi responsável por movimentar R$ 6,5 bilhões no mercado brasileiro no ano passado. As outras gigantes que completam o ranking dos cinco maiores volumes movimentados são Magazine Luiza, com R$ 3 bilhões, Dafiti, com R$ 2,5 bilhões e a também chinesa Shopee, com R$ 2,1 bilhões.

De acordo com a Reuters, a Shein tem planos de abrir capital nos Estados Unidos, e busca uma avaliação de US$ 100 bilhões. Um dos principais gargalos da empresa, no entanto, é no que diz respeito à transparência sobre a produção de suas peças. A marca acumula acusações de plágio e denúncias de trabalho análogo à escravidão, e ficou entre as 21 empresas mais mal avaliadas no Índice de Transparência da Moda de 2021 da Fashion Revolution.

 

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