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7 em cada 10 brasileiros usam redes sociais ativamente

Relatório do We Are Social revela curiosidades sobre uso da internet e tendências para o comércio eletrônico

Que atire a primeira pedra quem nunca sentou no sofá para descansar por cinco minutos, abriu o Instagram ou o TikTok e, quando se deu conta, havia passado meia hora rolando o feed. Sim, as redes sociais foram desenhadas exatamente para isso, e vêm se mostrando cada vez mais eficientes na missão de manter os usuários imersos nas telas. Uma pesquisa feita pelo We Are Social revelou que os brasileiros passam, em média, 3h46m por dia nas redes sociais. 

De acordo com o relatório, o Brasil tem 152,4 milhões de usuários ativos nas redes sociais, representando 70,6% da população. O tempo gasto diariamente na internet também impressiona: são 9h32m, mais do que o dobro passado em frente à televisão (4h29m). 

Como e por que os brasileiros usam as redes

A pesquisa mostra que, enquanto no TikTok e no YouTube o alcance potencial de anúncios cresceu em 2022, nas redes sociais da Meta (Instagram e Facebook)  aconteceu o oposto. A consultora de Transformação Digital de Negócios Suellen Berger explica que a evolução tecnológica dos últimos anos contribuiu para a consolidação do vídeo como formato de conteúdo preferido pelos usuários.

“Há muitos anos que se fala nisso, mas não tínhamos velocidade de internet e nem ferramentas que viabilizassem a produção de vídeos em larga escala. Hoje os aparelhos celulares estão muito mais acessíveis, e qualquer pessoa pode editar seu próprio vídeo”, diz.

Foto mostrando a consultora de transformação digital Suellen Berger, olhando diretamente para a câmera.
Suellen Berger, consultora de Transformação Digital de Negócios

A pesquisa aponta que 97,1% dos brasileiros acessam a internet pelo celular. Entre os principais motivos para acessar as redes sociais, estão: manter contato com familiares e amigos; ler histórias; procurar produtos; assistir a conteúdos e buscar ideias de coisas para fazer e comprar.

A diversidade dos conteúdos disponíveis atualmente nas redes, de fato, impressiona. “Tive a oportunidade de conhecer o escritório do TikTok em São Paulo e conversei com uma senhora de 74 anos que usa ativamente a rede. Minha primeira reação foi querer saber ao que ela assistia no aplicativo, e ela me respondeu: ‘conteúdo evangélico, vejo os vídeos dos cantores gospel’. É realmente um volume absurdo de conteúdo, e isso acaba atraindo pessoas muito distintas”, conta Berger.

O uso cada vez mais disseminado das redes sociais também se explica, em parte, pela política que muitas operadoras de telefonia adotam de liberar o acesso a essas plataformas para seus clientes, sem que eles precisem consumir seu pacote de dados para isso. Nesse cenário, as redes sociais também passaram, muitas vezes, a desempenhar o papel que antes era atribuído aos mecanismos de busca. “As pessoas não buscam mais apenas nos sites de buscadores como Google, Bing ou Yahoo. Esse comportamento de busca dentro das redes sociais está fazendo com que essas ferramentas desenvolvam sua inteligência em torno disso, e nesse sentido o YouTube e o TikTok realmente se destacam”. 

Segundo a especialista, o aplicativo chinês também ganha vantagem sobre as redes sociais da Meta por possuir ferramentas que facilitam o compartilhamento dos conteúdos, fazendo com que eles reverberem rapidamente. Ainda assim, Whatsapp (93.4%), Instagram (89.8%) e Facebook (86.8%) seguem sendo as redes sociais mais utilizadas no país. O TikTok aparece na quarta colocação, sendo acessado por 65,9% dos brasileiros.

Gastos com publicidade digital e tendências para 2023

A pesquisa indica que os usuários de internet no Brasil aumentaram 7,1 milhões (+4,1%) entre 2022 e 2023. De olho nesse público que não para de crescer, as marcas gastaram mais de US$ 7 bilhões em anúncios digitais no último ano, sendo US$ 2.02 bilhões em redes sociais e US$ 291.8 milhões em influenciadores.

Gráfico mostrando gastos com publicidade digital e tendências para 2023

Se, por um lado, a existência de tantas redes sociais abre um enorme leque de possibilidades para quem deseja expor sua marca online, por outro, é um desafio, uma vez que dissipa ainda mais a audiência. “São muitos pontos de contato distintos, e às vezes, dentro de um negócio, você não consegue fomentar adequadamente todos os canais. Por isso, como estrategista, sempre falo para os meus clientes: tenha todos, mas foque nos que são mais adequados ao seu perfil”, diz Berger.

A especialista reforça que não existe fórmula mágica quando o assunto é posicionamento digital, e diz que é preciso ser cauteloso quanto à escolha de influenciadores para a divulgação de uma marca. “Olhar apenas para o número de seguidores é um grande erro. É preciso pensar em profissionais que realmente gerem identificação com o público. Existem dados, inclusive, que mostram que ações com micro ou nano influenciadores muitas vezes geram resultados até melhores do que aquelas feitas com grandes perfis”, alerta. 

O relatório aponta ainda para uma outra possibilidade que ainda tem sido pouco explorada pelos anunciantes: os podcasts. Segundo a pesquisa, o número de brasileiros que consomem esse tipo de conteúdo cresceu 15,9% no último ano. 

Imagem mostrando gráfico de quantos audiobook estão sendo escutados nas plataformas.

Berger acredita que, de fato, os podcasts têm muito potencial para se tornarem espaços relevantes de publicidade digital, e aponta ainda outras expectativas e tendências que enxerga para o mercado em 2023. “Primeiro, espero que o TikTok não seja banido nos Estados Unidos, porque isso realmente poderia ter consequências graves no resto do mundo. Além disso, acredito que o social commerce vai crescer bastante este ano. As plataformas estão se desenvolvendo para isso e, aos poucos, vejo as pessoas começando a descobrir essa funcionalidade”.

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